segunda-feira, 28 de junho de 2010

maravilhas do meu porto # 3

Em noite de S. João, do cais de Gaia, vi o meu Porto assim; perdulário de luzes, a esticar a preguiça pelo Douro adentro, coração largo a oferecer poiso e abrigo.





Maravilhas do meu Porto, que nessa noite foi de todos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

as coisas que tu sabes, pai!

Este era o meu problema: 


Dobradiça partida, 
écran do portátil solto do lado esquerdo,
porcas e parafusos perdidos.


 Tiram-se as medidas com o compasso de bico;


cavilha sextavada coloca-se no torno;


A broca fura o diâmetro pretendido;


O buril de sangrar faz o acabamento;


Ajusta-se a tensão do serrote de ourives;


Corta-se a peça na espessura pretendida;


E o resultado final:
 à esquerda, a de fábrica, à direita, a acabada de sair do torno,


verificada na medida pelo paquímetro
o passe de rosca acertado pelo conta-fios,
  ajustada no seu lugar pela chave de cruz.

Estas são as mãos de quem nasceu há exactamente 79 anos.




Ainda hoje, as coisas que não sei, pergunto-lhe; 
esmaga-me sempre com o poder das respostas e das suas soluções.

Parabéns, Pai.


Em fundo, escolhida a preceito, a versão original de Recuerdos de Alhambra, dedilhada pelo inigualável Andre Segovia 

terça-feira, 22 de junho de 2010

porque se aproxima o dia H





(Shotgun Histology for Medical Study - Duodenum)

Façam muitas figas ou deixem-me a shotgun a postos


segunda-feira, 21 de junho de 2010

bamos lá cambada!




Adenda pós-jogo contra a Coreia do Norte: Resultado 7-0 


(terá sido este hino que os inspirou?)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

patrocinador oficial mundial 2010





Se a França for eliminada, o contrato é dele...


Bom fim de semana!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

quer faça chuva, quer faça sol




os meus próximos dias vão ser assim.

Esvaí-me de letras, quem sabe as transfundo pelo caminho.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

a educação dos nossos filhos # 8 - a apologia da incompetência


Já há muito que não escrevia sobre este tema.
Mas a verdade é que continua a impressionar-me a desresponsabilização que muitos pais ostentam relativamente à educação dos seus filhos, desculpados e escudados por detrás de horários sobrecarregados de trabalho, carreiras, 'quality time' a dois, ou até mesmo a um, e outros chavões batidos.
Arrepia-me a enorme confusão nas cabeças de adultos inteligentes, que inibidos pela palavra 'não', atribuem o papel de educadores aos professores, quando a estes se deveria exigir apenas aquela coisa estranha de que usem o tempo lectivo para ensinar as respectivas matérias.
Sei que provavelmente serei injusta, relativamente a muitos que se desdobram em horas extraordinárias e até mais do que um emprego, para fazer face aos muitos obstáculos que se atravessam nas vidas de quem as quer levar de cabeça erguida, mas quantas vezes já me passou pelos neurónios se não seria melhor que estes pais não tivessem andado a brincar às casinhas, com um Nenuco de carne e osso; e se todos nós não estaremos a cometer um gravíssimo erro em aceitar placidamente as bandejas estendidas.

Vem tudo a propósito desta notícia. E desta não-notícia, que entretanto li, e aqui junto para melhor esclarecimento.

Será que alguém me pode explicar devagarinho como é possível que o Estado - que, por vontade própria, assume as responsabilidades de prestar serviços a nível da educação, durante 12 anos da vida de um jovem, gastando com isso milhares de euros - deite a perder esse investimento com este tipo de atitudes, quando, supostamente deveria ser ao contrário? Poderá ser muito descabido pensar que se deveriam fazer render ao máximo os dinheiros públicos usados, formando com exigência profissionais competentes, que viessem a dar retorno ao país através da aplicação dos conhecimentos adquiridos em actividades económicas geradoras de riqueza?

Já não bastava, portanto, tudo o que os pais porreiraços fazem para manter as suas crias satisfeitas e caladinhas.
Já não bastavam os telemóveis, os i-pods, mp3, mp4, playstations e afins dentro das salas de aula, psicólogos para traumatismos com a autoridade, bullyings, gangues e passagens administrativas até ao 12º ano.
Faltava ainda este colo, para quem nunca se interessou pelos estudos e vai tentar um último milagre, a bem das estatísticas, até porque se não conseguir, haverá, certamente uma nova oportunidade à sua espera.
E entretanto, os meninos e as meninas ficam convencidos de que a vida é assim, de que tudo cai do céu sem esforço e que as esquinas são o melhor sítio para as aguardar: assim, vazios de objectivos, de interesses, de conhecimento básico, de produtividade futura.
Como mãe, isto deixa-me furiosa e intrigada: será que é isto que realmente queremos para os nossos filhos?
E, já agora, que fique bem claro: não sou professora, mas, definitivamente, não alinho em presentes envenenados e muito menos na apologia da incompetência.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

coisinha mai linda!





Bom fim de semana!!


terça-feira, 1 de junho de 2010