segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Estou num sarilho!! Ajudam-me??


Ai, valha-me Deus, Sra. PresidentA, que só temos estes enfeites para a árvore de Natal do Blogobairro, já tão velhos que são e meios escaqueirados, isto é uma vergonha, não termos nem um tostãozinho para comprar uns a condizer com a dignidade deste Condomínio!

Eu juro que foi assim que falei com a Patti, ah, pois foi, mas ela fez ouvidos de mercador e, quando fui pelo saco azul, nicles, bitocles, já o tinha guardado no alforge daquela vespazinha que utiliza todos os anos para andar a subir e a descer o Chiado, nas mercas para a Famelga & Cia., Lda. e, olha, pilim que é bom, nem vê-lo!

E agora estou num sarilho, ah, pois estou, aflitinha, consumida para fazer o nosso pinheirinho e só trastes velhos para lá pendurar....

A não ser que vocês ajudem.... e eram tão meus amigos se o fizessem!!
(eu até prometo fechar os olhos a algumas coimas, mas shhhhhhiu, não falem alto para a PresidentA não ouvir!!!)

Ó Vizinhos, vá lá, enviem-me enfeites de Natal para a árvore do Blogobairro, aquela que vamos acender às zero horas do dia 21 deste mês, aqui mesmo à porta desta minha casa. Podem ser originais, já feitos, surripiados de algures, personalizados ou outros quaisquer, que eu não me importo, desde que cheguem ao meu mail, de.si.para.si@gmail.com, até ao próximo dia 19.
Da árvore trato eu, sim??

Óbrigadinho!!

Nota: No dia 20 de Dezembro, à meia-noite, publicarei um post(al) de Natal, de um pinheiro enfeitado com as imagens que me mandarem. E eu quero que fique lindérrimo, ah, pois quero!!

domingo, 29 de novembro de 2009

confissões de domingo # 5

Confesso:
Vi-o ontem, pela enésima vez. E continuo a gostar imenso.



'O AMOR ACONTECE'

(para quem não se lembra, e embora não apareça no trailer, não esqueçam que é a nossa Lúcia Moniz que contracena com o Colin Firth)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

viagens subcutâneas # 1


Rebolei desamparada por aqueles desfiladeiros tortuosos, esbarrei com espirais e ângulos reentrantes, espremi-me contra passagens sufocadoras e, finalmente, caí de supetão na fronteira entre dois hemisférios; uma ponte deveras apinhada de trabalhadores solícitos e compenetrados nas suas funções, cada um carregando o fardo que lhe competia carregar, quase todos transportando um pacotinho electrizante, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda.
Raros, mas visíveis, pelo meio daquela rígida eficácia, alguns deles denotavam alguma preguiça, esticando os cinco e os dez braços num acto pachorrento e melado, arrastando o passo e atropelando com displicência o ritmo cadenciado dos restantes. Sobre estes, recaía a imediata atenção dos vigilantes receptores neuronais, que, dum lado e do outro, os encaminhavam para um sector definido. Uma porta rapidamente aberta e de novo fechada, deixava entrever num relance, uma cabina de duche, de onde se evaporavam os característicos aromas glicosados de cafeína, retemperadores do adormecimento.
De repente, um tremor, ao longe uma faísca, e logo depois o ribombar cavernoso de um trovão. Águas agitadas sob a ponte a gingar perigosamente, vagas gigantes que se abatem, encrespadas em leque, inundando os mais recônditos interstícios, um escuro medonho e sobrecarregado de tensões, um frémito urgente em disparar o passo, um tornado instantâneo e uma descarga fulgorosa, de pacotinhos electrizantes que se deslocam à velocidade da luz.
Ainda me abraço teimosamente aos esteios da ponte, exausta, encharcada e deslumbrada quando tudo termina. Do exterior chegam risos, palmas, gritos de vitória e até eurecas, pelo resultado evidentemente profícuo, da mais intensa tempestade cerebral a que assisti.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

de mim para mim

Foto minha, Praga 2009
Passion Roses from Argentina

E se, de repente, tivessem que me definir através de uma música, qual escolheriam?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

antes de o Tempo ser Tempo # 4


Era uma vez, uma velha muito velha, que não fazia outra coisa senão fiar. Dia e noite, noite e dia, fiava, fiava, roca e fuso sempre a trabalhar, novelos e novelos de alvo algodão imaculado, tão brancos eram, como negra cada sua mão, traçada e rilhada de tanto fio fiar.
E vinham as comadres, velhas menos velhas do que ela, que não se cansavam de lhe perguntar, para que lhe servia tanto fio, que toda a vida a tinham visto fiar. E da mesma forma ela sempre respondia, que um dia chegaria aquele em que serviria todo o fio fiado, porque o seu destino seria, aquele que uma Fada lhe fadaria, e que a recompensa decerto seria do seu agrado.
Mas, o que é certo, certo, é que a velha se finou, e o destino, esse, às comadres nunca se revelou.
Nem podia.
Como é que alguém acreditaria, que, depois de finada, a velha continuaria a fiar tanta fiarada? E, quem diria, que cada fio perfeitamente saberia a tarefa premeditada?
Ai querem saber o que viria a acontecer? Então escutem bem o que vos vou descrever:
Do novelo do sol se soltava, uma e outra ponta desembaraçada, que, depois de fiada, sozinha formava uma hábil laçada. Da direita para a esquerda e da esquerda para a direita, os fios se fundiram em trama bem feita, forrando o céu pelos Deuses pisado, de um fofo e alvo atapetado.
Contentes com o seu novo piso, os Deuses abriram o seu raro sorriso e a velha recompensaram, com um palácio fulgente, que ela habitaria eternamente, e de onde veria, até onde a vista alcançasse, todos os fios dos tapetes que a Fada lhe dissera que fiasse.

Fantasia? Nem pensar!! Ora espreitem lá o palácio a ofuscar...

Fotos minhas, algures no céu da Europa

sábado, 21 de novembro de 2009

é de ir às lágrimas........



(o meu pai foi requê????????)

a quem conseguir traduzir, agradeço explicação....


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

preto no branco

foto daqui

Ao dar a laçada do é, ao pôr a perninha do á, ou mesmo o rabinho do quê, aquelas que acabei de deixar bem definidas em cada volta do punho, puxam-me de novo para que as repita. Querem que as use outra vez, talvez por outra ordem, talvez por outra causa.
E assim, às vezes distraio-me de mim e, sem querer, vou.

participação no desafio Fábrica de Letras

terça-feira, 17 de novembro de 2009

rótulos


Maria Constância era uma rapariga muito popular, daquelas que fazem nelas os rapazes atentar, alegre e expressiva, excepto quando se quedava aérea e reflexiva, de olhar tristonho e ausente, pouco compreendido por muita gente.
Nada lhe faltava, nem de nada precisava, mas rapidamente passava de pensamentos entusiasmantes a tristezas galopantes, deixando desconcertadas as suas amizades mais chegadas, que assistiam, com uma consternação sentida, ao rolar daquela vida, num acidentado tropel, desgovernado e louco carrocel.
Depois de muito ponderada, a decisão foi tomada: Maria Constância por todos iria ser levada a um médico reputado, de diploma na parede ricamente pendurado, que depois de muito a remirar, na hora lhe diagnosticou um distúrbio bipolar.
Ai, meu Deus!! logo a mãe se lamenta, de doença tão peçonhenta. Que será da menina quando eu me for?? lembra ela com horror. A culpa é tua, mulher, que não a soubeste educar! diz o pai a gritar, se fosse eu, bem estaria, e nunca na vida, a tua filha seria uma doida varrida!
Ó gente!!! gargalhou Maria Constância, inconsequente, deixando todos em suspenso; se calhar eu mereço este mal de que padeço, será talvez minha natureza, estar assim, na eterna incerteza, do humor que terei ou das lágrimas que chorarei. Doida varrida? Pois serei, é o jogo da vida, e para ela partirei, decidida, a que de hoje em diante, e em qualquer circunstância, se mude o meu nome para Maria Inconstância!!
E com um gesto teatral retirou-se, o seu público calou-se e ainda hoje se murmura entredentes, que a louca na sua loucura, era mais sagaz que muitos inteligentes.

domingo, 15 de novembro de 2009

confissões de domingo # 2

Quero uma lareira, um sofá, uma manta, um pijama largo, um par de meias de lã, umas pantufas quentes, uma chávena de chá a fumegar e um livro.
Novinho em folha, a escaldar nas mãos.


Quer entrar e aproveitar o aconchego?
Então vá, instale-se que eu leio em voz alta.
Só por ser para si.

Tremia, quando encostaram o carro à tua porta.
A corrida estava prestes a começar, só subiria para recolher um livro. Ofegava como um cavalo cansado quando galguei aqueles quatro andares a pé, nervosamente, e, suspensa num degrau, perguntei:
- Estás aí?
Era a primeira vez que te ouvia, a tua voz a sossegar-me:
- Claro!
Abrandei a escalada tomada de uma sensação conhecida: uma vez mais alguém mudaria a minha vida. Não sabia até que ponto ias fazê-lo, mas soube logo que eras tu. Talvez tivesse adivinhado antes, mas era ainda tão inverosímil que não me dei crédito nem, lembro-me agora, tive tempo. Estavas ali, surgias antes de me recompor, era já naquele andar, tomara fôlego para mais degraus, mas não foi necessário. Expectante, com um olhar risonho, longinquamente retraído, enfrentando-me logo, evitando elegantemente encostar o olhar nalgum aspecto da minha indumentária ou numa só forma do meu corpo, como que a aceitar-me logo, sem restrições, foi esse o instante que o meu coração reteve e guarda como uma relíquia, Nuno, esse o momento em que te conheci e reconheci como alguém que me estaria destinado....(*)

(*)Extracto autorizado da obra '4 & 1 Quarto' de Rita Ferro

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

maravilhas do meu Porto # 2

Fotos minhas, Porto 2009

Já são raras as vezes que a Baixa do Porto se me oferece assim com tanto encanto, a fervilhar de gente, tripeiros de gema, que falam alto e gesticulam, espalhando em redor o sotaque carregado de sons orgulhosamente característicos, que um dia me ensinaram a não pronunciar. E então, abro os ouvidos e deixo-me espraiar naquela graça das consoantes trocadas, das palavras acentuadas a meio, de ãos transformados em oums e terminados em -he ou -hem surdos, tão inconfundivelmente genuínos como quem os solta, Ó Bánessa, olha-me que o galoum-he 'tá muito quelaro, filha, bota-me aí mais um bocado de café-hem, e penso no desdém com que se olha para esta e outras falas, tão poucos que nós somos e tão ricos e diversos, nestes pouco mais de 700 quilómetros de rectângulo à beira mar plantado.
Conto mentalmente quantos conseguirei identificar, e concluo que, do minhoto ao algarvio, do açoriano ao madeirense, passando pelo transmontano e pelo alentejano, não há região que não tenha o seu próprio linguajar musicado ao ritmo das suas tradições e raízes, mas temo pelo dia em que eles se percam e com eles a nossa própria identidade.
Termino o meu moléte prensado com queijo e chamo, sorrindo, pela Bánessa, a quem nem me incomodei de pôr o e assumo o meu bairrismo incontido, clamando pela especialidade da casa: Traga-me 4 pastéis de carne, pra lebár, se fáxabore!



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

provocações


Mete a primeira e arranca para a viagem da sua vida. Sabe que o espera um sinuoso caminho, que se apraz vencer com o gozo que dão as coisas conquistadas, e que irá saborear da primeira à última curva.
Do colo da planície branca, onde repousou por momentos, ganha fôlego para tornear, em círculos cada vez mais concêntricos, ambos os sistemas montanhosos, gémeos de provocadores cumes róseos, que se erguem à sua frente, desafiadores. Demora-se em cada volta, subindo e descendo em espiral, apreciando a maciez da estrada, que se oferece com gosto, voluptuosa, no desfiladeiro que divide, exactamente ao meio, as colinas siamesas, e o levam de novo à planície, coberta de uma rasa vegetação doirada.
Conduz em ziguezague, na embriaguez de nada perder da paisagem, de repente mais estreita nos limites laterais, cintando-a, para logo se alargar numa ousada contracurva de tentação ao mergulho no abismo, do monte infernal que se adivinha. Hesita. Ou se perde já ali, ou resiste e segue viagem pelas rectas paralelas que lhe prenderam o olhar numa noite de estio.
Segue em frente. Sempre à mesma velocidade, sem travagens bruscas, deslizando, contornando e controlando o desejo de ir mais além, tornando a percorrer caminhos já percorridos.
Ela solta uma gargalhada, provocando uma curva mais no seu rosto.
Já não precisa de lhe ensinar mais nada.
O mapa do seu corpo já ele o sabe de cor.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

cerimónias


Nos pés delicados de gueixa, a chinela bordada rebrilhava e enfatizava a sua pequenez. Fora por eles que Liao Xing se tinha apaixonado, no dia em que, sentado no chão do salão de chá, ela se aproximou para o servir.
Regressou uma, duas, três, dez vezes, para a observar de vários ângulos, decorou os gestos cerimoniosos, as indeléveis imperfeições da pele caiada, o contorno preciso do coração na boca vermelha, o olhar submisso, que chegou a surpreender selvagem, quando as visitas se tornaram rotineiras na vida de ambos.
Nunca trocaram uma palavra. Falavam pelos rituais, as mesuras e os pormenorizados salamaleques estudados, repetidos dia após dia, ano após ano, descobrindo-se tiques e significados, à velocidade sempre recatada dos pequenos passos, apertados pelo quimono.
Um dia, ele descobriu-lhe uma ruga, no outro, um fino cabelo branco debaixo da rígida cabeleira, no seguinte, um leve tremor na mão que segurava a taça.
À saída, olhou para trás e tentou contar os dias, mas tinha-lhes perdido a conta, reviu-se no reflexo de um espelho, com a imagem de um velho que não conhecia.
Entrou numa loja de sombrinhas e comprou-as todas.
Uma, por cada passeio que a vida lhes tinha negado.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

há mails que dão um post # 4


oh, (Si)nhores, mas não há nenhuma onda que o leve??

Ahh, e não percam a versão em inglês, aqui

BOM FIM DE SEMANA!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

onomatopeias


E vieram os piratas, em manobras de abordagem, balançados nas grossas cordas, tchin, tchin, tchin, defendem-se os Mosqueteiros, pum, pum, trrum, disparam as balas dos canhões, vuucchhh, vuuuuchhh, caem as setas dos índios dentro do forte, ayaayayayaa, eu ser Touro Sentado, e só falar com Daniel Boone, tchh, tchh, tchh, uhhh, uuuhhh, apressa-se o Expresso que leva para o Oriente longínquo o crime perfeito, flap, flap, flap, sobe a passarola de Bartolomeu, trrring, trrrring, trring, soa a campaínha da bicicleta, na volta ao mundo em 80 dias, glub, gluuub, glllub, desce mais uma légua o submarino, arf, arf, arf, ainda falta tanto para acabar esta viagem ao centro da Terra, clap, clap, clap, para a actuação da Madame Butterfly, catapum, catapum, catapum, lá vêm os cavalos da corrida do Hipódromo, zás, trás, pás, caiu o Conde de Montecristo em cima dos seus inimigos, enquanto um deles, da surpresa, se estatela estrondosamente no chão, vítima de apoplexia fulminante.
E eu, cansada destas aventuras, shhhhhhhh, adormeço serena e profundamente, zzzzzzzzzzz.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

parasimpattias # 1


Exercício: Um velho está em pé numa paragem de autocarro, com uma bengala na mão e um folheto na outra. O dia é frio, chuvoso e triste.

(Narrador na 1ª pessoa)

Cada vez mais me custa subir esta rua. Ao fim de tantos anos, parece agora refilar com o peso dos meus passos e diverte-se a soltar-me armadilhas, uma pedra eriçada aqui, um charco de água acolá, prontinha para me pregar uma rasteira traída ou uma escorregadela fatal. Mas não lhe quero dar essa alegria. Não dou. Não, por mim, ainda vai ter muito que me aturar. Velhos são os trapos e eu sou de ferro; como diz a Dra. Lurdes.
Raio destes ganapos! Eu bem lhes mostro os dentes, aviso-os que chego, exibo os predicados que me deram no berço, mas nada os demove de ocupar selvática e ostensivamente os bancos da paragem, em exercícios patéticos de paixões frenéticas que, invariavelmente, terminam nas férias grandes. E invariavelmente, fico de pé. Como as árvores. Mas sem morrer, graças ao Senhor.
E à Dra. Lurdes.
O 308 demora sempre a esta hora. Ainda para mais com o tempo assim, que me pode resfriar.
Lá atrás continuam a escalar no tom e no atrevimento, como se o mundo acabasse amanhã, e urgisse dar continuidade à espécie humana na sua mais reles herança. Fosse eu que mandasse e afivelava-lhes o cinto no lombo, para terem respeito, as mulheres - mas quais mulheres, estas, são miúdas de bibes ainda suados de leite, metidas a meretrizes - devem ser dignas de reverência à sinuosidade helénica das formas, à harmonia cadenciada do andar, à generosidade de colos mansos e perfumados.
Como o da Dra. Lurdes.
Ainda sinto o cheiro dela neste folheto. Ainda sinto a maciez das mãos que mo entregaram. Tão presente, como de cada vez que me envolve o antebraço no aperto das tensões. Ou me deixa entrever o desenho dos seus seios maduros, quando me ausculta.
Tivesse eu coragem, tivesse eu certezas, e seguiria os conselhos aqui escritos: tomaria de bom grado esta droga para que me deixasse tão vigoroso como esta minha bengala, de bandeira desfraldada sempre que tocasse o hino, sempre que lhe pudesse tocar e a fizesse vibrar, no contratempo do tempo que ainda tenho para lhe dar, e, juntos, compormos a sinfonia da nossa solidão. Que deixaria de o ser.
Dra. Lurdes, minha querida.

Olha, lá vem o 308, espero que este paspalhão não pense que eu não reparei que chegou depois de mim, deixa lá pôr a bengala a jeito, eu estou primeiro, ouviu?

Qualquer semelhança entre este texto e o que foi escrito aqui, não é mera coincidência

domingo, 1 de novembro de 2009

ouçam bem o que ele diz, ouçam bem!!!!!!

e é que nem pensem em deixar de ler!!